segunda-feira, 31 de março de 2025

Mariucha em Florianópolis - 1925

Fonte:A Notícia,1925,ed. 00174

Faz um século que  Mariucha veio a Santa Catarina com os concertistas de bandolim e guitarra premiados pelo Real Conservatório de Madrid, Los Alpinos.

Passa por Joinville , Itajaí e em Florianópolis, o trio se apresenta primeiramente no Ponto Chic, e depois vão para o Teatro Alvaro de Carvalho.

A impressa a apresenta como "Rainha das Castanholas", nos jornais pesquisados não falam de sua origem, " Mariucha bailarina espanhola , danças tipicas executadas ao bater ruidoso das castanholas, encantam-se maravilham-se", dizia o Jornal o Estado, edição 03427.

Em 1924, juntamente com Los Alpinos, se apresentou em Curitiba, Rio de Janeiro e em São Paulo.



 Obs.: Caso queira retirar informações deste blog, por gentileza cite e referencie a pesquisadora deste lindo trabalho: Professora Alessandra Gutierrez Gomes. 


quarta-feira, 10 de julho de 2024

Antonio de Bilbao, Anos 20

 



Vale destacar a presença desse maestro no Brasil, que esteve com a Companhia de Teatro de Revista espanhola Velasco[1] no Brasil em 1923, 1924, 1925 e 1928, que influenciou a modernização do teatro de revistas nacional, sobretudo no tocante aos aspectos visuais da cena[2].  De acordo com CASCAES (2014) [3], após a visita da Velasco “as revistas cariocas passaram a fazer referências desde trajes típicos espanhóis a ritmos flamencos” (2009, p. 105). Segundo Paiva, (1991:231): “as espanholas de castanholas dançavam o flamenco no palco do João Caetano para deslumbramento dos espectadores do Arco-Íris [...]”.[4]

Antonio de Bilbao foi o professor de Vicente Escudeiro[5], um dos maiores bailarinos de Flamenco da Espanha e Carmen Gómez “la Joselito”. Foi considerado um dos artistas mais importantes e influentes do baile flamenco·; Antonio el de Bilbao foi “el bailaor con mejor técnica de ejecución de pies en aquella época[6].

“Antonio fue además un bailaor que hizo gala de una envidiable imaginación artistica. Cuando actuó en París, en La Rata Muerta, coreografió La Corrida de Valverde, que luego interpretaría La Argentina. Se cuenta además que, después de ver un ballet ruso en el Teatro de la Zarzuela, fue capaz de reinterpretar sus bailes por bulerías”.( GARCIA, 2008 p.329).

O Jornal a Gazeta de São Paulo destaca: “sapatearam (Bilabao e Verdiales) obtendo ruidosos aplausos. Encerrou o espetáculo uma castanholada dançada por um grupo sympathico de bailarinos”[7]

Vicente Escudero, no seu livro Mi Baile, faz-lhe esplêndidos elogios a Bilbao e Fernando el de Triana, escreve o seguinte julgamento sobre a sua personalidade artística: "desde a época de Miracielos e el Raspao até hoje, este foi o bailarino que mais demonstrou a execução dos pés. O zapateado e as Alegrias foram os maiores, mas como não há alegria completa, pode-se dizer que o famoso Antonio de Bilbao é muito desigual, tanta facilidade com os pés quanto diferença artística da cintura para cima " Se a colocação dos braços estivesse relacionada à execução dos pés, sem dúvida ele seria o melhor dançarino conhecido até hoje."[8]

  Antonio Vidal Nasceu em 1879[9], Sevilha, mas se criou e passou toda a sua juventude em Bilbao, Nervión, ANTONIO EL DE BILBAO era seu nome artístico, filho do violonista e dançarino Niño de la Feria. Discípulo de Enrique el Jorobao e Miracielos precursores del zapateado que lhes ensinou a sapatear com apenas 8 anos, atuou brevemente no café Romero de Madrid em 1890 com aproximadamente 11 anos.

Foi apresentado em Madrid, no Circo de Paris, embora só em 1906 (com 27 anos), quando “este homem de estatura baixa e membros curtos deslumbrou o público” numa atuação improvisada no Café de la Marina em Madrid, acompanhado pelo famoso Ramón Montoya no violão, sendo nesse momento contratado para se apresentar ao lado dos famosos bailarinos Faíco, Minuto e Mojigongo.

“Foi benéfico para ele crescer e viver nas cidades culturalmente mais ativas do País Basco. Bilbao tinha muito peso porque lá havia um grande número de cafés cantantes.”[10]

Em 1909 em Paris, Antonio Bilbao se aparesentou por dois meses no Bal Tabarin, o principal rival do Moulin Rouge junto a uma companhia espanhola onde dançava a celebre Bailarina Juana la Macarrona.

Em 1914, sob o nome de El Embrujo de Sevilla, foi apresentado um espetáculo no teatro Alhambra de Londres, do qual participou Antonio el de Bilbao na companhia de La Argentina, la Malagueñita, Realiato e Faíco, entre outros artistas de destaque.

Mais tarde se apresentou em Paris, no Colmao La Feria do violonista Amalio Cuenca e no Cabaret La Rata Muerta de Pigalle e volta para Sevilha.

Foi para Havana em 1917 com 38 anos e nesse mesmo ano chegou à Nova York com sua esposa, com quem se apresentavam em casal nos mais famosos lugares da Broadway. Pouco depois, eles acabam se divorciando.

 Um ano depois, formou um trio com Julia e María Verdiales. Junto com elas, ele viajou de costa a costa pelos Estados Unidos durante três anos. Nesse período, ele se envolveu romanticamente com Julia, e eles tiveram um filho.

A sobrinha do bailarino, Charo Contreras Verdiales, que foi diretora de dança do Instituto de Teatro de Barcelona, em uma entrevista ​​conta que - quando criança o viu dançar várias vezes no Teatro Martí de Havana,Cuba, um zapateado sobre a mesa com os pés amarrados e deixou os habitantes locais loucos. Imerso em aplausos, ele tirou as botas e as mostrou para mostrar que, diferentemente de seus parceiros de sapateado[11], não usava chapinhas.[12] Um Jornal no Brasil em 1923 destacou também esse numero onde “dançava com os pés amarrados o zapateado[13]”, que levou o publico a aplausos.

O empresário Eulogio Velasco o contratou para suas revistas nesse ano de 1923, juntamente com Adriana Carreras e as Verdiales, percorrendo diversos pontos da Espanha e do exterior.

Nas suas viagens pelas Américas e Cuba, a dança tauro-flamenca deu grande sucesso a “El de Bilbao”. As raízes deste zapateo vêm da dança de El Vito, que imita as touradas e o destino do animal.  A tourada Valverde dançada por Antonio el de Bilbao, é a escolhida pela imprensa do momento como a mais bonita, composição que anos depois fará parte do repertório[14] de Antonia Mercé La Argentina, bailarina de dança espanhola[15].

Após encerramento da carreira artística Antonio Bilbao dedica-se ao ensino de sua arte, a sobrinha do dançarino conclui que seu tio morreu aos cinqüenta e seis anos em Madrid devido a um ataque cardíaco durante uma de suas aulas, embora em muitas publicações afirmarem que encerra a carreira artística e morreu em Buenos Aires.

A Velasco revoluciona o teatro de Revista no Brasil, a sua fama influencia nos palcos; chega aos palcos catarinenses, a Resvita Feerie em 2 atos e 8 quadros de jazz band.

Henrique Boiteux fala ao jornal a Republica[16] que “o quadro será apresentado rompendo cortinas, e efeitos de luz”..(ano)

O jornal o Estado de Florianópolis, traz uma nota sobre a companhia de Revista Espanhola[17]:

“Os últimos acordes e a lembrança da polychromia estonteante da Velasco ainda nos andavam n'alma com os seus costumes bizarros e as suas vestimentas typicas, os seus matons de Manilha e as suas castanholas, representando tudo a poética terra da Espanha, resplen- dente de luz e de volúpia, suspi- rando terramente sob a Porta do Sol”

 

 




 



[1] A passagem das Companhias Espanholas de teatro de revista pelo Brasil e a sua influencia nos teatros de revista do Rio de Janeiro e a Dança Espanhola na década de 1920. Alessandra Gutierrez Gomes , pesquisa pós Graduação em Teatro Musical.2024.

[2] BORDADOS E BAILADOS: Coristas e o Imaginário Moderno Vera Collaço, Laura Silvana Ribeiro Cascaes, 2014.

[3] Idem 2.

[4] Corpo que Baila e Cintila Bailados Revisteiros e Modernidade Coreográfica1 Vera Collaço2 Laura Silvana Ribeiro Cascaes3 DAPesquisa, Florianópolis, v.4 n.6, p. 063-066, 2009.pagina 63.

[6] PAZOZ, François Soumah. Catalunya ballarina flamenca, Visiones del baile y la danza flamenca. file:///C:/Users/User/Downloads/146399-Text%20de%20l'article-233304-1-10-20100319%20(1).pdf.

[7] A Gazeta, SP, Edição 05591 de 13de setembro de 1924 página 5.

[8] https://elartedevivirelflamenco.com/bailaores225.html tradução feita pela escritora.

 [9] Existe duas diferentes datas de nascimento em duas fontes, em 1883 no texto de José Luis Navarro García,Historia del Baile Flamenco. Volumen I. Signatura Ediciones, 2008. Páginas 327-329

Publicado no site: https://www.juntadeandalucia.es/cultura/flamenco/content/antonio-el-de-bilbao-bailaor. E em uma entrevista dada pela sobrinha dele ao site https://www.academiadelasartesycienciasdelflamenco.es/es/antonio-el-de-bilbao, que afirma ser em 1879, seguirei essa afirmação.

 [10] https://www.deflamenco.com/revista/especiales/de-antonio-de-bilbao-a-martin-caminero-150-anos-de-flamenco-vasco-y-navarro-1.html

[11] Faz alusão aos sapatos de Sapateado Americano, os sapatos de flamenco têm preguinhos na meia ponta (planta) e salto (tacón).

[13] O Paiz, pagina 2, 11 de outubro edição 14035, 1923.

[14] Foi em Paris quando trabalhou no cabaré La Rata Mueta de Pigalle, que tornou famosa a sua interpretação da Corrida de Valverde, coreografia que mais tarde foi dançada por La Argentina.

[15] https://www.academiadelasartesycienciasdelflamenco.es/es/antonio-el-de-bilbao

  La Corrida de Q. Valverde  https://www.youtube.com/watch?v=Um4H7snTV6s

[16] Jornal a Republica de SC.ed 00037, pagina 05.

[17] Jorna o Estado de Florianópolis de 1925 ed 03254, pag 20/4 cita uma matéria do jornal a  Cidade da Manhã de Pelotas.

 

 

 

 


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Pepe de Córdoba -São Paulo

 

 


O Jornal A Tribuna de São Paulo de 1982 traz uma nota sobre Pepe de Córdoba, "é especialista em sapateado, nasceu na cidade espanhola Córdoba, e desde cedo mostrou sua inclinação para a dança flamenca; estudou na academia de sua cidade, tendo aperfeiçoado a técnica do sapateado em Madrid, dedicou-se também a  coreografias e castanholas com profissionais famosos. É radicado no Brasil ha vários anos. Fez shows em todo o país, primeiro com o Ballet España Espetacular, com o Grupo Los Romeros, do qual foi um dos fundadores e Festa Brasil Olé, de Abelardo Figueiredo.

Mas vamos recuar um pouquinho;  em 1974[6] houve um grande evento no Clube Curitibano, o Baile Das Nações, uma gentileza do Cônsul da Espanha, Senhor Saturnino Hernando Gordo, onde ocorreu um espetáculo espanhol, com apresentação do Grupo Folclórico do Cassino de Sevilha da Império Montenegro e Henrique de España (cantantes), do bailarino Pepe de Córdoba (sapatilheiro) e do pianista Victor Castellano.

 Em 1977, no Beco Boate e Restaurante da Rua Bela Cintra no Rio de Janeiro, Pepe apresentou um lindo espetáculo.

    Em 1979[7] ele participou na Noite Madrileña promovida pelo Caiçara Clube em São Paulo, “A autêntica música espanhola, de compositores como Albénis, Granados, Vives e Falla estavam presentes nessa noite, com o grupo típico Los Romeros, compostos pelos bailarinos: Pepe de Córdoba bailarino internacional, Mabel Martin bailarina espanhola, cantor flamengo Mario Vargas, guitarrista Beto, El Malagueño, cantores Blanquita Serrano, cantora de músicas modernas e tradicionais espanholas e Enrique de España[8] cantor espanhol de Valência, ex-integrante da Orquestra Cassino de Sevilla.

 "Um violonista e um dançarino animaram a Noite Espanhola, o violonista Celso Machado e o dançarino flamenco Pepe fizeram o show de hoje da Noite Espanhola promovida pelo Hotel Paulista Praia" em 1982

    Em 1983o grupo Los Romeros era composto pelas dançarinas; Mabel Martin, Carmen de Ronda, Dina Flores, o dançarino Pepe de Córdoba, dos cantores Enrico España, Ilde Gutierrez e Blanquita Serrano, e dos violonistas Juan Lucena e Alberto Turina, este, também diretor do grupo. Segundo a matéria do jornal, o conjunto havia se formado há sete anos (em 1976 aproximadamente) pelo puro prazer de levar a música e a dança flamenca pelo Brasil. Pepe já tinha realizado espetáculos também na Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, agora, no Rio. Um show de música, canto e dança típicas espanholas, especialmente da região de Andaluzia, no Bateau Mouche Bar, anexo do restaurante Sol e Mar, no Botafogo Rio de Janeiro.

    Como bailarino apresentou-se em 1984[9], na Boate Bateau Mouche do restaurante Sol e Mar do Rio de Janeiro, no show intitulado “Viva a Espanha Olé”. 

    Em Recife no mês de Agosto de 1987[10], os Hotéis Quatro Rodas de Olinda promoveram o segundo Festival da Cozinha Espanhola, houve shows com Enrique España; danças flamencas de Ana Martinez e Pepe de Córdoba; Carmem de Ronda, Quinque Valencia e a música cigana de Paco de Málaga.

Pepe de Córdoba é considerado um dos professores e bailaores mais importantes dentro da História do Flamenco do nosso país. Esse texto tem como objetivo levantar registros e documentos pela “ótica dos periódicos nacionais”. Sabe-se que há muitas informações e histórias desse grande Bailarino que não constam aqui, mas a baixo tem alguns trechos retirado de seu livro:

Sobre Pepe, segundo José Rodriguez Muñoz, chega ao nosso país pelo navio Cabo da Buena Esperaza em 1956 :

 “Hijo de emigrantes, llega a Brasil a los 11 años de edad trayendo en el bagaje personal la vocación ya aumentada de algún conocimiento de baile e iniciando sus eventuales actuaciones en São Paulo, participando de fiestas particulares y en los diversos Centros Españoles entonces existentes.

 A los nueve años de edad, da el primer paso en el aprendizaje didáctico ingresando, en su tierra natal, en la escuela para Menores "Educación Descanso" (escuela de arte libre) donde, desde ahí, hace su opción por el baile, llevado por la identificación de sentimientos que ya prenunciaban la afición y devoción al flamenco, teniendo las primeras orientaciones para el arte que finalmente abrazó para toda la vida. Su primera profesora fue la maestra cordobesa Maruja Cazalla”.

Foi aluno no Brasil aos 15 anos de Luiz Bermúdez, que o batizou com seu nome artístico, Pepe de Córdoba, e nessa época também foi aluno de Paula Martins.

Estudió con los más representativos maestros españoles, tales como: Rafael de la Cruz (Sevilla), maestro Morales, Marichu García, Mercedes y Albano (Madrid) y Maruja Cazalla (Córdoba), entre muchos otros, todos de relevancia y definido sentido en su formación profesional que abarca las Escuelas Clásica, Folclórica, Bolera, Regional y Flamenca. Pero su corazón se enternece cuando citamos Ángel Pericet que refuerza la opinión de sus maestros brasileños.

 El renombrado Ángel Pericet, heredero y continuador de la Escuela Bolera, fue el gran amigo e incentivador de Pepe, en España, época en que fue convidado por el maestro Morales y Marichu García para hacer parte de la Compañía Flamenca actuante en Europa. Ana Martinez foi sua parceira de dança por muitos anos.

  El trabajo de mantener la fidelidad y dignidad lleva 40 años de pesquisas, estudios prácticos, formación, desarrollo y dirección de Grupos Regionales, Clásico Español, Grupos Folclóricos y Flamencos. De la determinación, responsabilidad ética y didáctica en llevar adelante sus proyectos e ideales propagando su conocimiento, Pepe culmina sus realizaciones con la apertura del "Centro Flamenco Pepe de Córdoba". 

"Me gustaría dedicarme a la formación de nuevos artistas", dijo Pepe.

 Criou o Centro Espanhol Pepe de Córdoba, localizado no bairro do Bexiga  em São Paulo; que segundo REGA, (2017, p 119)[1] “el centro Flamenco Pepe de Córdoba es atemporal, no se limita a sua duración en el espacio, su base está em la intensidad con que todo fue realizado.”

Algumas considerações:

    Nos anos 70 era comum chamar o Flamenco de FlamenGo; as bailaoras eram chamadas de bailarinas ou dançarinas; nos anos 80 começam a se intitular “Bailarino de Dança Flamenca ”, tirando a referência da dança espanhola.

    No final dos anos 80 e década de 90 (até 1998), nos periódicos encontramos shows de Los Romeros, mas não aparece mais o nome de Pepe de Córdoba.


                                      Título: Chegada da família Muñoz, no Brasil.

                                                                      Fonte: Jornal Correio da Manhã, Edição 19579, 1956






 

                                                   



[1] Córdoba, Pepe. Palos Flamencos, Diputación Provincial de Córdoba, 2017.


Obs.: Caso queira retirar informações deste blog, por gentileza cite e referencie a pesquisadora deste lindo trabalho: Alessandra Gutierrez Gomes.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Carmen Sevilla

 

                      “Muere la actriz, cantante y presentadora Carmen Sevilla a los 92 años

                                                                            Fotos: Revista Cruzeiro, Revista Cruzeiro, 1953, Ed 0001.

“La intérprete, que se convirtió en una estrella del cine español en los cincuenta y marcó una época en la televisión, padecía alzhéimer desde 2009”.[1] Faleceu em 27 de junho de 2023.

Carmen Sevilla esteve no Brasil nas décadas de 50 e 60, não podemos deixar passar em branco a presença dessa artista pelo Brasil.

Em 1952, com 22 anos, solteira, chegava num luxuoso transatlântico no Rio de Janeiro Carmen Sevilla.

“Poucos minutos depois de sua chegada ao Copacabana-Palace, Carmen recebia a visita dos Srs. Miguel G. Fernandez, Presidente, do Centro Cultural Recreativo Espanhol e José M. Arcos, membro do Conselho Fiscal da mesma instituição, cujo principal objetivo é o intercâmbio cultural e artístico entre o Brasil e a Espanha.”

Também esteve no Brasil em 1959.


Fotos: Revista Cruzeiro, Revista Cruzeiro, 1953, Ed 0001.


“Carmem faz sucesso com as músicas do marido. Acompanhada pelo marido, Augusto Algueiró compositor e maestro, a atriz e cantora espanhola Carmen Sevilha está no Rio de Janeiro.”

 Em 1964, fez shows no Teatro Record e foi transmitido ao vivo pelo canal 7.

“Carmen Sevilha mostrou seu maior desejo: aprender a dançar o samba. Está claro que não faltaram professores. Ela, todavia, preferiu tomar aulas com as Irmãs Marinho[1]. E, ainda dis- se o que reproduzimos aqui, nesse diálogo: O que mais lhe despertou a atenção entre nós? Acho que foi o olhar dos meus fãs. O que, aliás, confirma tudo que ouvi sôbre os brasileiros... E na ocasião também esteve no El Bodegon”.( Revista da Radio , Ed, 00795, 1964).

Bailarina Nascida em Sevilha, Carmen se iniciou na vida artística como bailarina do corpo de baile do Barão de Montmartre, sendo descoberta coatriz por Fernando Fuentes, e depois progredindo bastante no mundo cinematográfico. Já trabalhou em 34 filmes, destacando. "A Vingança": "Europa de Noite; Pão, Amor e Andaluzia".

Apelidada de "La novia de España", Carmen Sevilla também brilhou no mundo da música ao lado de Lola Flores e Sara Montiel.

Vale destacar que o cinema tinha uma comunicação em massa e direta para quem o acessava; os brasileiros conheciam essa artista, e essas danças ficaram no inconsciente coletivo de uma época.

Revista do Rádio Ed.00449

Revista da Radio , Ed, 00449, 1964.

Nos links abaixo , cenas de Carmen Sevilla dançando em filmes que passaram em território brasileiro.


Mariucha em Florianópolis - 1925

Fonte:A Notícia,1925,ed. 00174 Faz um século que  Mariucha veio a Santa Catarina com os concertistas de bandolim e guitarra premiados pelo R...