Nos anos 80 do século XIX, bailarinas espanholas imigravam e desenvolviam suas carreiras fora da Espanha, animadas pela oportunidade que ofereciam para trabalhar em circuitos diversificados em um meio cênico heterogêneo.
A figura de la danzarina española virou um produto comercial seguro como na Rússia, Estados Unidos, França, Bélgica, Alemanha e Inglaterra. Elas também se aventuravam na América, e dezenas no Brasil.
La Africanita chegou ao Rio de Janeiro em 1915 com os seus “bailados hespanhoes” e 19 anos de idade, no "Theatro República" a anunciavam como madrileña.
Nesse mesmo ano esteve em São Paulo no Cassino Antártica; e na Bahia[2] noticiavam: “seus trabalhos nos Cafés Concertos, Cabarets, Theatros do sul e do norte tem sido muito apreciados das plateias pela arte e pela graça com que são executados”.
Apresentou-se no luxuoso cinema da ladeira de São Bento o Theatro São João[3], junto com os bailarinos “Hermanos Monteritos”.
Em 1916 foi novamente para o Rio de Janeiro, “(...) não admira muito, portanto que quando ela aparece envolta no mantón de Manilla para os seus bailados característicos, as palmas começam a estalar irreprimivelmente obedientes a sugestão dos olhos dos espectadores encantados” [4] . Nesse ano ela esteve também no Recife "Cine Theatro Helvetica."
Em 1917 dançou no Coliseu do Rio de Janeiro e em Minas Gerais, os jornais dessa época falaram em sua vontade de ir para os Estados Unidos.
Ela esteve no Rio Grade do Sul e os jornais citam seu nome entre 1918 e 1920, no Club dos Caçadores, considerado um dos Centros mais luxuosos da América do sul.
Encontrou-se algumas referências da Africanita fora dos jornais:
“...en los ’20 y ’30, cuando el cuplé magnetizaba al público desde cafés, salones y teatros, entonados por legendarias intérpretes como La Fornarina, La Chelito, Raquel Meller, La Africanita, La Goyita... [5]...”
“ Sobre Antonio Amaya... a la capital de España llegó con cincuenta
pesetas como único capital en el bolsillo.Conocióo a una artista llamada
"La Africanita",quien le abrió un poco los ojos en aquel dificil
Madrid de la posguerra.”[6]
“Poco después empezaron a desarrollar sus carreras, tanto en España como en Europa, otras figuras que se dedicaron exclusivamente a popularizar los bailes españoles, gozando ya de pleno reconocimiento en 1905. Entre ellas destacaron en el género andaluz... La Africanita”[7]
[1] O Paiz 1915.
[2] A Notícia da Bahia.
[3] http://www.bahia-turismo.com/salvador/teatros/sao-joao-antigas.htm
[6] https://vuestraradio.foroactivo.com/t24895p150-los-grandes-de-la-copla-historia-de-la-cancion-espanola
[7] NAYA, Victoria Cavia . Mujeres, teatro, música y variedades: de las boleras y flamencas a las bailarinas de danza española (1885- 1927).
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